O que você busca nos seus relacionamentos?
Quando não cuidamos e não curamos nossa criança interior temos a tendência em buscar fora (nos outros) a cura para nossas carências infantis.

Muitas vezes, buscamos no(a) parceiro(a) pai ou mãe, não um homem ou uma mulher. E muitas vezes, transferimos aos filhos a responsabilidade e o pesado fardo de nos suprir emocionalmente.
Quando isso acontece, os papéis são invertidos: os filhos pegam o papel de nos cuidar e nós, "adultos", nos colocamos no papel de ser cuidado. Bert chamava esse fenômeno de parentificação, que é quando os filhos assumem o lugar dos pais e os pais assumem o lugar dos filhos.
Nesta situação, o sistema fica disfuncional, ocorrendo um desequilíbrio, pois o fluxo do dar e receber esta invertido e logo podemos notar sintomas diversos - doenças, tragédias, vida que não "vai pra frente".
Colocar nos nossos filhos a responsabilidade em nos curar ou nos fazer feliz é muito pesado. NÓS devemos nos fazer feliz, encontrar alguém para somar as felicidades (e as sombras também) e a partir dessa soma, vir a motivação para ter os filhos - que nos terão como modelo.
Quando eu falo para meu filho que ele é a "razão da minha vida, da minha felicidade", será que esse filho se sente autorizado a ir para a vida, buscar felicidade dele? Porque se ele sabe que é a razão da vida dos pais, se ele vai embora, os pais morrem... Pode parecer coisa simples, mas é essa a mensagem que passa.
Existem muitos filhos adultos que não conseguiram ir para a vida pois sentem culpa em deixar os pais, pois é dele a função de tapar os buracos emocionais e as carências destes pais, ou ainda o que segura o casamento.
Os pais, como adultos, devem cuidar das suas carências, buscar auxílio psíquico quando necessário, voltar para seus próprios pais para curar essas dores e assim libertar seus filhos, estabelecendo a ordem e os papeis devidos.
Reflita sobre isso.
#rotina #autocuidado #constelação