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Não se cuidar é uma forma de maldade

Frequentemente recebo no consultório pessoas muito preocupadas com seus familiares, que não vão ao médico, que não buscam ajudam emocional, que não se cuidam, que pegam os problemas do mundo todo e colocam nas costas e não saem mais do lugar...



Nestas famílias (ou relações) existem dinâmicas pouco saudáveis. O outro se desresponsabiliza pelo seu auto-cuidado e assim todos sofrem as consequências disto: sofrimento psicológico, doenças que se agravam, reclamações diárias...


E do outro lado, a pessoa que acompanha tende a pegar para si a responsabilidade negligenciada, muitas vezes invertendo papéis - a filha que vira "mãe" do próprio pai; a esposa que vira "mãe" do marido... - trazendo para si cargas energéticas muito além do saudável, o que, mais cedo ou mais tarde, trará consequências negativas, como o adoecimento físico e emocional. É um efeito cascata que inconscientemente alimentamos.


Mas se cada um fizer a sua parte, se cada um de nós - eu, você - começar por nós mesmos, nos cuidar, enxergar nossas necessidades, nossas limitações e sinalizar para o outro a parte que lhe cabe, acredito que podemos começar a cultivar relações mais saudáveis e, consequentemente, famílias mais saudáveis, trabalhos mais saudáveis, dias mais saudáveis, uma sociedade mais saudável...


Auto-cuidado não é vaidade, não é frescura, não é egoísmo. Quando não me cuido, isento a minha responsabilidade para delega-la ao outro, numa postura totalmente infantilizada.


Se a gente quer mudar o mundo para melhor, que comecemos por nós mesmos, pelo nosso mundo, interno e externo. Com certeza os frutos serão mais doces.




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